domingo, 5 de outubro de 2014


Relações raciais e a representação da mulher negra


      A sociedade brasileira foi constituída, essencialmente, com base no sistema escravocrata. No entanto, a escravidão não pode ser a única responsável pela discriminação racial, pela desigualdade racial e pelo racismo na sociedade brasileira.
     A cor é apontada como marca racial que exprimiu simbolicamente e fisicamente a distância entre as duas camadas sociais.O elemento cor, além de indicar uma desigualdade social, passou a apontar a supremacia dos brancos e a inferioridade moral, mental e social dos negros. Assim, subsistiram representações e estereótipos associados à cor e às diferenças raciais que sustentam preconceitos e discriminações. Essas representações são percebidas na literatura, nos livros didáticos, nos ditados populares, no folclore brasileiro e em outras esferas da cultura, identificando o negro como subalterno, mal educado e objeto de piedade e de proteção do branco.
     As desigualdades entre brancos e negros no Brasil se explicariam pela diferença nas chances de progresso pessoal, e a diferença de renda se deveria às desigualdades no mesmo extrato social.

     Todas as condições sociais, econômicas e políticas, no período de transição para uma sociedade de classes, visavam manter a distância entre o branco e o negro. Sendo assim, tudo o que ocorra nos dias atuais em relação ao negro, que possa parecer fruto de preconceito e discriminação, tem que ser analisado à luz das condições histórico-sociais, que preservaram as estruturas elaboradas sob o regime escravocrata.
          Entretanto, já é passada a hora de abandonar essa política de preconceitos e se "filiar" ao partido anti-racista. 

O negro é lindo, ser diferente é lindo! 


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