Relações raciais e a
representação da mulher negra
A sociedade brasileira foi constituída,
essencialmente, com base no sistema escravocrata. No entanto, a escravidão não
pode ser a única responsável pela discriminação racial, pela desigualdade
racial e pelo racismo na sociedade brasileira.
A cor é apontada como marca racial que exprimiu
simbolicamente e fisicamente a distância entre as duas camadas sociais.O
elemento cor, além de indicar uma desigualdade social, passou a apontar a
supremacia dos brancos e a inferioridade moral, mental e social dos negros.
Assim, subsistiram representações e estereótipos associados à cor e às
diferenças raciais que sustentam preconceitos e discriminações. Essas
representações são percebidas na literatura, nos livros didáticos, nos ditados
populares, no folclore brasileiro e em outras esferas da cultura, identificando
o negro como subalterno, mal educado e objeto de piedade e de proteção do
branco.
As desigualdades entre brancos e negros no Brasil se
explicariam pela diferença nas chances de progresso pessoal, e a diferença de
renda se deveria às desigualdades no mesmo extrato social.
Todas as condições sociais, econômicas e políticas, no
período de transição para uma sociedade de classes, visavam manter a distância
entre o branco e o negro. Sendo assim, tudo o que ocorra nos dias atuais em
relação ao negro, que possa parecer fruto de preconceito e discriminação, tem
que ser analisado à luz das condições histórico-sociais, que preservaram as
estruturas elaboradas sob o regime escravocrata.
Entretanto, já é passada a hora de abandonar essa política de preconceitos e se "filiar" ao partido anti-racista.
O negro é lindo, ser diferente é lindo!
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